Trilha da Ferradura em Paranapiacaba

Sabe aquela galera que quando alguém fala: Vamos?! É vamos mesmo! Foi assim que surgiu a ideia de fazer a trilha da Ferradura, em Paranapiacaba, município pertencente à Santo André, próximo à São Paulo. Essa foi a minha primeira trilha, e nada melhor que começar por uma de nível fácil né? Só que não foi o caso… haha. A Trilha da Ferradura tem esse nome devido ao seu formato (de ferradura), ou …. por ela ser bem ferradura mesmo haha. Vem com a gente conferir?

A trilha começa no acostamento da Rodovia Deputado Antonio Adib Chammas. Você pode ir de carro e deixar no estacionamento de um pesqueiro que fica na via ou ir de trem (linha Turquesa- CPTM) até a estação Rio Grande da Serra e de lá pegar um ônibus.

Trilha da Ferradura
Estação Rio Grande da Serra da CPTM

O que levar para uma trilha:

Como nunca tinha feito uma trilha não fazia a mínima ideia do que deveria levar. Se não fosse a galera falando os itens indispensáveis, acho que teria me dado mal kkkk. Vamos lá… alguns itens que não podem faltar na mochila:

  • Água (uma garrafa grande para durar o dia todo)
  • Protetor solar
  • Repelente contra insetos
  • Comida leve (barrinha de cereais, frutas, lanches). Alimentos que estragam rápido não são indicados e bebida alcoólica é algo proibido.
  • Roupa – camiseta e um tênis confortável e não escorregadio são as melhores opções. Caso queira entrar nas cachoeiras, leve roupa de banho e uma toalha). E, não faça como eu, que fui de jeans. Sim, eu fiz isso haha. Minha sorte foi que levei roupa extra, caso sujasse a que eu estava vestindo e sem querer tinha um shorts na mochila.  
  • Câmera fotográfica/ celular para registrar o passeio.

A trilha da Ferradura:

Percorremos aproximadamente 15 km em 9 horas, com paradas para comer, apreciar a vista e fotos. Por isso, aí vai mais uma dica importante: por ser uma trilha longa, o ideal é começar bem cedo, para o retorno acontecer antes de escurecer. Esta trilha possui trechos onde você praticamente escala pedras, algumas partes com lodo e lama, o que tornam a trilha difícil. Estar na trilha depois do sol se por pode ser um risco.

É proibido fazer a trilha da ferradura sem guia. Chegamos no caminho do Lago Cristal, em um domingo cedo e: Cadê os guias? Não havia. Esse deve ter sido um dos motivos para que a trilha estivesse bem cheia. Bastou seguir a galera e começar a caminhada.

A primeira parada foi na Lagoa do Cristal. Lotadaaaaa. Pessoas acampando e até fazendo churrasco (Oi?), passamos direto por essa parte, descemos um pouco até chegar em um dos lugares com uma das melhores vistas. Essa mistura de água, árvores e montanha deixa a paisagem linda ?

Trilha da Ferradura

Neste ponto até haviam dois cachorros seguindo a galera. Bem corajosos . E começamos uma descida mais intensa (em meio a alguns escorregões, ou vários haha). A ideia era ver a Cachoeira de outro ângulo e descer até chegar no Vale da Morte. Medo.

A descida:

A descida é bem difícil para quem não está acostumado e nessa hora é necessário calma. Enquanto eu descia devagar, me segurando, as vezes via algumas pessoas descendo correndo e descalços (ainda não sei como faziam isso com tanta facilidade). De um ponto durante a descida podemos ver do outro lado da Trilha da Ferradura: a Cacheira da Fumaça.

Lá embaixo, cruzam-se três rios: o Rio das Pedras (Cachoeira Cristal), o Rio Vermelho e o Rio Solvay (Cachoeira da Fumaça). 

Depois de descer toda a Cachoeira dos Cristais nada melhor que uma pausa em um poço, antes de começar a subida. 

E por falar em subida… lembra a Cachoeira da Fumaça que conseguimos ver durante a descida? É por lá mesmo que subimos.

A subida pela Cachoeira da Fumaça

Embora bem difícil, com trechos bem escorregadios, a subida foi mais rápida que a descida. Durante a subida, a neblina começou a aparecer e logo tomou conta de tudo, mas não impediu de continuarmos curtindo a trilha. 

Só teve um ponto ruim: do Topo da Cachoeira da Fumaça podemos ter uma vista incrível e até avistar a cidade de Cubatão. Mas com a neblina não conseguimos ver nada…Quem sabe numa próxima. 

Depois de toda a subida a trilha fica praticamente plana, mas ainda com muitas pedras, áreas onde você precisa andar pelo rio e alguns lugares com muita lama. Já disse que não tem jeito de ficar com os tênis limpos durante a trilha ? Nesta parte da trilha a neblina já estava totalmente presente, deixando o local com um clima de filme de terror. 

Geralmente
Topo da Cachoeira da Fumaça

No final, já na estrada, tivemos que andar até o carro, e aí o cansaço bateu. Durante o percurso, você foca tanto nos desafios que estão à sua frente, que só depois sente que seus joelhos e pernas estão destruídos. Por vários momentos você simplesmente esquece de tudo. É você, a natureza e mais nada. E isso foi uma das coisas que mais gostei, além da paisagem e da galera.

E por falar na galera:

Blogueiros na Trilha da Ferradura: Alex @viajeiviciei, eu, Alan @alanrodrigotrip, Luiza @olhosdeturista e Rafael @followtheportuga

Mapa da Trilha da Ferradura:

Mais algumas dicas:

  • Fique de olho na previsão do tempo. Não é recomendado fazer a trilha se houver probabilidade de chuva, pois há risco de formação de corredeiras d’água.
  • Tome cuidado ao caminhar sobre as pedras.
  • Trilha de nível difícil, não recomendada para iniciantes.
  • Não ingira bebidas alcoólicas antes ou durante a trilha. 
  • Leve seu lixo, e se possível recolha se encontrar algo pelo caminho. A natureza agradece! 😀

Outras trilhas em Paranapiacaba

Além da Trilha da Ferradura, há diversas outras trilhas bem famosas em Paranapiacaba, como: a Travessia Vale da Morte (considerada muito difícil), a Travessia do Funicular (considerada muito difícil), a Trilha do Poço Formoso (considerada nível moderada), a Trilha Paranapiacaba x Pedra Grande da Quatinga (considerada nível moderada), a Trilha da Cachoeira da Fumaça e a Trilha do Mirante (moderada).

Onde se hospedar em Paranapiacaba

Caso a ideia seja passar uma noite em Paranapiacaba saiba que são pouquíssimas as opções de hospedagem na cidade. Separei neste post algumas opções de pousadas e hospedarias, todas linkadas para o Booking, onde podemos ver mais detalhes e preços:

Pousadas e hospedarias: Hospedaria Os Memorialistas, Pousada Shamballah Paranapiacaba, Pousada Avalon Paranapiacaba, Pousada da Karla e a Pousada Ferreira’s.

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Bom, essa é mais uma dica de passeio próximo à São Paulo. E você já fez essa trilha? Tem vontade? Compartilhe sua experiência conosco.

Até o próximo post.
Diego Arena

21 comentários em “Trilha da Ferradura em Paranapiacaba

  • 27/10/2017 em 01:07
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    Era pra ser fácil e não foi? Assim que é bom hahahha. Adoro trilhas, dá uma sensação boa de estar em contato com a natureza. Parabéns pelo espírito aventureiro, adorei o post. Bjoss

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  • 27/10/2017 em 17:14
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    Essa é a segunda vez que leio algo super interessante sobre Paranapiacaba. Deve valer mesmo a pena! Obrigada por compartilhar.

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  • 27/10/2017 em 20:26
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    Coragem encarar esses 15 quilômetros de trilha, hein? Eu sou muito preguiçosa, mas tenho certeza que essas paisagens valem todo o esforço!

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  • 27/10/2017 em 23:04
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    Quanta aventura e emoção nessa jornada hein? Gosto de trilhas mas não tenho pique para encarar 15 km. Viajei pelas imagens, abs

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  • 27/10/2017 em 23:11
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    Que massa!! Eu adoro passeios em meio a natureza, não é por acaso que fiz Engenharia Florestal. Só estive em Paranapiacaba uma única vez quando ainda era criança. Um dia preciso voltar…

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  • 28/10/2017 em 22:45
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    Que legal, adorei o post, muito bem contato, com os perrengues e tudo. Moro em SP e nunca fui para Paranapiacaba. Qq dia eu resolvo essa pendência.

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  • 29/10/2017 em 11:19
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    Acho um máximo essas trilhas porque além de render um ótimo contato com a natureza, também permitem tirar lindas fotos. Achei bem interessante seu relato, só preciso criar mais coragem para elas.

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  • 30/10/2017 em 13:45
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    Trilha incrível! Alguns amigos já a fizeram e sempre falam que é incrível! Preciso ir o quanto antes. Abraços!

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  • 02/11/2017 em 17:31
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    Eita, adoro uma trilha difícil que recompensa com uma excelente vista! Que cachoeira linda e demais esse clima com a neblina.

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  • 03/11/2017 em 01:50
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    Essa trilha foi épica! Sofremos um pouquinho só! hahaha! Mas foi bom demais e compensou no final né? Apesar da nossa cara de destruídos no final dela! haha!
    Adorei o teu relato, deu uma saudadezinha de fazer ela! Precisamos combinar mais dessas… rss! É bem como você disse mesmo: Vamos? Vamos! Os blogueiros mais parceria! <3

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  • 07/11/2017 em 21:43
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    Hahaha, a foto de grupo mostra bem que não foi fácil. Mas apesar do aspecto cansado, estão com um sorriso bem feliz. A natureza tem esse efeito sobre nós. 9 horas a caminhar não é para todos. Parabéns pela aventura.
    Abraço

    Resposta
  • 31/01/2019 em 11:48
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    Ainda não consegui ir fazer uma trilha em Paranapiacaba, mas está nos planos! Ainda mais com esse vista!

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  • 19/01/2020 em 11:18
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    Está trilha assim como a da garganta do diabo é a da funicular apesar serem muito legais não são abertas ao público e não existem guias certificados para fazer a trilha então muito cuidado com os “guias pois pode ser perigoso

    Resposta
    • 19/01/2020 em 14:35
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      A do Funicular deve ser muito bonita, vi várias fotos bem bacanas desta trilha.
      Mas, só com guia mesmo! Essas trilhas são bem perigosas.

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  • 23/01/2020 em 14:48
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    Irei esse final de semana com amigos. Preguiça aqui não existe, viva a natureza. Obrigado

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    • 23/01/2020 em 16:36
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      Que legal! Vocês vão curtir demais, a paisagem é incrível! Aproveitem muito! 🙂

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  • 01/05/2022 em 21:36
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    Fizemos esta trilha no sábado 16.04.22. Trilha difícil e bastante cansativa devido a muita lama do início ao fim, e muitas pedras grandes para subir, descer e contornar nos trechos por dentro do(s) rio(s). Trilha nada apropriada para iniciantes ou sedentários, um bom condicionamento físico é necessário. Coisa típica para aventureiros.
    Fizemos a trilha em cravadas 6 horas, sem pressa, com bastante tempo de contemplação e fotos, passando pelo Lago dos Cristais, Mirante, Cachoeira Escondida, Cachoeira da Fumaça e a Prainha. Apreciamos a vista linda de Cubatão desde a parte alta da Cachoeira da Fumaça, o tempo estava pouco nublado.
    Para fazer esta trilha, a contratação de um guia é, além de ser obrigatório, necessário e amplamente justificado. Tem várias bifurcações no caminho, se perder é fácil. E tem duas ou três passagens por dentro e nas bordas do(s) rio(s) que tornam a ajuda de um conhecedor essencial.
    E aqui uma dica: Além de bastante água para beber e uma barrinha de cereais, leve uma roupa seca para se trocar no final da aventura, pois chegará sujo de lama dos pés a cabeça!
    Ótima experiência, a convivência com a natureza compensa qualquer esforço. Recomendo.

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    • 12/05/2022 em 14:48
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      Adorei seu relato!

      Embora uma trilha desafiadora, vale muito a pena né? Foi uma das mais legais que fiz até agora.
      Mas concordo com você, levar uma muda de roupa é essencial, voltei de trem todo sujoooooo kkkk, e sobre o guia eu concordo muito, eu fui com uns amigos que sabiam muito do percurso, mas quase nos perdemos.

      Obrigado por compartilhar 😀

      Resposta
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